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Infância- a criança que você foi se orgulharia do adulto que você se tornou?

  • Foto do escritor: O Meu Secreto
    O Meu Secreto
  • 12 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

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E se tivéssemos o poder de voltar e regressar naqueles momentos de criança que até hoje estão em nossa memória? A gente "rebobinaria a fita" para reviver aquelas tardes no meio da rua, descalços e cheios de energia. Daria play nas nas partidas de "queimada", "barra-bandeira", "sete pecados", "garrafão" e outras mais! O tempo poderia voltar para brincarmos de "esconde-esconde", pula-corda e "pega-congelou".


Ah, tempo! Éramos felizes quando voltávamos para nossas casas com os pés doendo de tanto brincar. Nossos joelhos ralados doíam, mas não nos impediam de querer permanecer brincando. Mesmo doentes, insistíamos em brincar ou dormir na casa dos primos ou amigos.


O que nós queríamos mesmo era viver.


É bem verdade que, mesmo aproveitando tanto, tínhamos o maior desejo de crescer. Enquanto pequenos, almejamos ansiosamente pela fase em que seremos "grandes". O tempo passa, e, num piscar de olhos, chegamos à tão esperada fase. O que não nos contaram é que nesse processo todo de crescimento, a criança que havia em nós vai ficando lá trás.


Hoje, adulta, procuro em mim o brilho nos olhos de menina, e eu sei que você também se olha no espelho e não o vê. Bom seria voltar à inocência, em que as palavras sinalizavam exatamente o que se queria dizer.


Enquanto adultos, quanto tempo carregamos nossas mágoas? Saudade de quando as discussões duravam apenas alguns segundos e o pedido de desculpa, embora fosse "obrigatório", era remédio para a situação, pois logo se esquecia de tudo e a brincadeira continuava. Lembranças boas dos dias em que não tínhamos maldade, não desejávamos mal ao outro e que nos importávamos se o nosso coleguinha estava bem.


Quando pequenos, sonhamos, imaginamos, idealizamos. A parte dolorosa de crescer é ter que desistir dos sonhos da infância porque nos deparamos com a realidade e, mais, não temos a persistência de uma criança. Você já disse não para um pequenino? Na maioria das vezes ele sempre vai perguntar o porquê da negativa. Você já disse que não pode? Ele vai continuar fazendo. Hoje, desistimos facilmente das pessoas, dos relacionamentos, do amor, de Cristo. Adultos, sequer questionamos a nós mesmos, que dirá os nãos que a vida nos dá. Onde estão a persistência e vontade de vencer da criança que mora dentro de nós? Onde foram parar os nossos sonhos? Cadê aquele coração amoroso, cheio de pureza e perdão?

A gente se preocupa demais com o olhar do outro para nós e esquecemos de ser, de fato, quem nós somos.


Estamos demasiadamente ocupados em transparecer sucesso, felicidade e paz, mas será que vale a pena aniquilar sentimentos em nome da boa e velha aparência? Qual preço final de tudo isso? Não seria melhor termos a sinceridade na ponta da língua e a honestidade de uma criança? Nossa essência se foi junto com os anos e, em meio ao caos da vida, nos tornamos mais frágeis do que um bebê, por não conseguirmos lidar com nossos sentimentos, por não perdoar, por não insistir, por não querer apenas viver.


Nesse dia das crianças, que a gente aprenda com elas a ser leve, a amar, sonhar, perdoar, para sermos adultos completos, seguros, leves e, principalmente, felizes!


Autora: Ercília Mercês

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